Cresce número de meninas fumantes em escolas.

 Cresce número de meninas fumantes em escolas.

Segundo a Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE 2019), em parceria com o IBGE e Ministério da Educação, houve aumento na proporção total de fumantes entre os jovens de 0,2%. Esse número se deve ao aumento na proporção de fumantes entre as meninas de 0,5%.

De acordo com o Ministério da Saúde, na última década, o uso de tabaco ocupava o segundo lugar no ranking de drogas mais experimentadas no Brasil e que o uso começa, em média, aos 16 anos.

Ainda segundo a pasta, o vício começa quando há facilidades socioambientais e familiares, tais como imitação do comportamento do grupo, amigo próximo e/ou pais fumantes, entre outras. Outro ponto que contribui para que esse quadro seja mais comum entre jovens é o fácil acesso aos cigarros.

A PeNSE 2019 também considerou o percentual de jovens escolares entre 13 e 15 anos que já experimentaram cigarro alguma vez na vida. Entre os meninos, a taxa reduziu de 19,20% em 2015 para 15,61% em 2019, o que não foi observado da mesma forma entre as meninas: de 18,90% em 2015 para 18,43% em 2019.

Os jovens se tornam mais expostos e vulneráveis às novidades e modismos. Como é o caso do cigarro eletrônico e do narguilé, dois produtos que contribuem com a iniciação para o uso do cigarro comum e que carregam riscos extras à saúde. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o uso do narguilé é mais prejudicial que o uso de cigarro comum: uma sessão de 20 a 80 minutos de narguilé corresponde à exposição a todos os componentes tóxicos presentes na fumaça de 100 cigarros. O uso coletivo e o ato de compartilhar o bocal entre outros usuários pode resultar ainda na exposição a doenças como herpes, hepatite C e tuberculose.

Com o cigarro eletrônico, a história não é diferente. No Brasil, os alunos da rede privada, entre 13 e 17 anos de idade, apresentaram os maiores percentuais de experimentação de cigarro eletrônico (e-cigarette) em 2019. Dentre as regiões do Brasil, os maiores percentuais de experimentação de cigarro eletrônico ocorreram na região Centro-Oeste (corroborando com o cenário nacional, a rede privada também se destacou: 24,3%). Já os menores percentuais de experimentação ocorreram entre os estudantes da rede pública das regiões Nordeste (10,3%) e Norte (11,9%).

Prevenção nas escolas
As ações para controle do tabagismo também englobam a prevenção do uso de cigarros entre jovens e adolescentes. Oferecer tratamento diferenciado a essa população, que costuma ser mais vulnerável, principalmente com a entrada no mercado de novos produtos derivados de tabaco, é de extrema importância.

Fonte: Jornal de Brasília.

J Cabral

http://reporterjcabral.com.br/

J Cabral Repórter correspondente das noticias do Ceará, da TV Sol Talismã de Salgueiro-PE e Rádios da Região.

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