Gasolina cai R$ 0,28 no Ceará em uma semana.

Após registrar aumento e chegar a R$ 6,21 na última semana, o preço da gasolina recuou R$ 0,28 no Ceará. O dado é da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), observado no levantamento semanal de preços. No total, foram pesquisados 151 postos de combustíveis do estado. Em Fortaleza, o insumo foi encontrado a R$ 5,29 em postos do Meireles, Messejana e Centro. Na Maraponga, o produto foi encontrado a R$ 5,25. Já na Rogaciano Leite, na Barão de Aratanha e na Washington Soares foi observado valor de R$ 5,27.

Segundo a ANP, com a redução do novo valor, o preço médio da gasolina que na semana de 15 a 19 de maio era de R$ 5,87, com valor mínimo a R$ 5,39 e máximo de R$ 6,21, passou a ser de: médio R$ 5,59, mínimo de R$ 5,08 e máximo de R$ 6,18, na semana referente a 22 a 27 de maio.

A redução ocorre mais de uma semana após a Petrobras anunciar a redução dos valores do combustível em R$ 0,40 nas refinarias. O novo preço passou a viger no último dia 17 de maio. A gasolina chegou a ser a mais cara do Brasil no final do ano passado. Já na semana passada, era a mais cara do Nordeste, podendo chegar ao preço máximo de R$ 6,21, segundo levantamento da ANP.

O consultor na área de combustíveis e energia e presidente do Sindicato das Agências de Navegação Marítima e dos Operadores Portuários do Estado do Ceará (Sindace), Bruno Iughetti, disse que uma das razões pelas quais a gasolina estava mais cara no Ceará era o fato de o Porto do Mucuripe não dispor de espaço suficiente para armazenar a demanda. “Como os custos de logísticas são elevados no estado, e a tancagem do porto do Mucuripe não ter espaço suficiente para armazenar a demanda, o impacto do custo de sobrestadia de navio foi repassado ao consumidor. Ainda segundo o especialista, o Porto recebeu o acréscimo da tancagem de 20 milhões de litros recentemente, o que ajudou a aliviar o valor.

O economista e vice-presidente do Conselho Regional de Economia do Ceará (Corecon-CE), Davi Azim, mesmo com o recuo, o Ceará continua ainda com valor acima do referencial do país, o que não é interessante para a economia local, sobretudo para a logística. O combustível encarece o custo dos produtos em razão da logística. Além disso, ainda continua a política de paridade internacional, o que impacta o preço final”, destacou. Ainda segundo o especialista, outro aspecto é o comportamento dos postos de gasolina com relação às denúncias que existem após ampliação da queda no preço que não estava sendo aplicada. “É importante que o governo realize a devida fiscalização, pois o recuo no preço ajuda na queda da inflação”.

A Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), vinculada ao Ministério da Justiça e Segurança Pública, segue com um canal de denúncias específico para cobrança de preços abusivos nos postos de combustíveis aberto. Os consumidores poderão registrar reclamações em um formulário online, que já está disponível.

Fonte: O Estado.