Ceará encerra o time principal de futebol feminino.

 Ceará encerra o time principal de futebol feminino.

As atuais campeãs cearenses não irão entrar em campo este ano. Nesta terça-feira (5), o clube anunciou que o motivo seria readequação orçamentária. 

O Alvinegro havia estimado para o ano de 2024, um dos maiores orçamentos de sua história, uma receita bruta por volta de R$ 149.305.140,00, na qual menos de 2% seria destinado às alvinegras.

Os dirigentes afirmaram que o corte dessa verba não tem nada a ver com desinteresse, e sim em ajustar o lado financeiro, mas a pergunta que não quer calar é: por que cortar de quem não ocupa nem se quer 2% do orçamento do clube?

Existe um ditado popular muito conhecido, que fala “a corda sempre arrebenta para o lado mais fraco”, quis por ironia que o lado penalizado fosse o das garotas do Vozão, o que, na prática, o lado mais fraco não foi o delas, e sim quem planejou o ano do Ceará, que nem se quer se preocupou com o futuro das únicas campeãs nacional feminino do Nordeste e atuais campeãs cearenses, buscando apagá-las pelo insucesso de terceiros, como se já não bastasse o descaso com elas em 2023,durante a série A1, deixaram claro mais uma vez a não prioridade com o feminino por parte da gestão. 

As jogadoras merecem uma resposta. Pois, como diz a rainha Marta,

“Uma sociedade moderna, próspera e equilibrada é justamente aquela que zela pelos valores de igualdade, diversidade e inclusão. Esse deveria ser o guia também para grandes empresas ou clubes.”

Há muitos clubes que ainda enxergam o futebol feminino como um custo a mais, o que não passa de uma visão altamente ultrapassada. Não percebem que os fins não justificam os meios, que talvez o insucesso de quem eles mais querem ver vencer se dê por pensamentos ínfimos.

Fonte: ANC.

J Cabral

http://reporterjcabral.com.br/

J Cabral Repórter correspondente das noticias do Ceará, da TV Sol Talismã de Salgueiro-PE e Rádios da Região.

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