Ceará recebe primeiro lote de novo remédio contra câncer de mama no SUS
Efetividade da Coronavac contra morte em maiores de 90 cai a 35%, diz pesquisa
Um estudo que avaliou a eficácia na vida real que as vacinas Coronavac e Astrazeneca possuem contra a Covid-19 indicou que a proteção fornecida pelos imunizantes contra mortes diminui em pessoas com 90 anos ou mais, na comparação com o resto da população.
Segundo a pesquisa, a Coronavac (feita no Brasil com o Instituto Butantan) confere apenas 35,4% de eficácia contra mortes por coronavírus. Já no caso da Astrazeneca (produzida no Brasil em parceria com a Fiocruz), a taxa fica em 70,5%. Isso significa que a cada 1.000 mortes causadas por Covid nessa faixa etária, a Coronavac evita 354 óbitos, enquanto a Astrazeneca impede 705 mortes.
Esses valores são menores do que o observado em pessoas entre 80 e 89 anos -de 67,3% para a Coronavac e de 91,2% para a Astrazeneca. Ambas mantêm uma alta proteção para casos, hospitalizações e mortes em pessoas até 80 anos.
O estudo reforça assim a necessidade de uma 3ª dose dos imunizantes em pessoas com mais de 80 anos.
A pesquisa avaliou quase 61 milhões de brasileiros que tomaram uma ou duas doses das vacinas contra Covid-19 no país de 18 de janeiro a 30 de junho. Foram excluídas as vacinas da Janssen e da Pfizer, devido ao baixo número de doses aplicadas destes imunizantes no período estudado.
Para analisar a efetividade das vacinas, os pesquisadores cruzaram informações públicas do SI-SUS, o sistema da campanha de vacinação nacional, casos de suspeita de Srag (Síndrome Respiratória Aguda Grave) notificados no e-SUS e os dados de hospitalização por Srag do sistema Sivep-Gripe.
As informações pessoais não são públicas, mas cada indivíduo recebe um código, que é específico para cada CPF, a partir do qual é possível rastrear exames laboratoriais confirmando infecção por Sars-CoV-2, hospitalização ou óbito por Covid nas pessoas vacinadas com uma ou duas doses. Assim, a efetividade de cada uma das vacinas foi calculada para infecção, hospitalização, internação em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e morte.


