Frente Nacional de Prefeitos considera novo piso do magistério impraticável para maioria das cidades

 Frente Nacional de Prefeitos considera novo piso do magistério impraticável para maioria das cidades

Os dirigentes da Frente Nacional de Prefeitos (FNP) voltaram a se reunir para avaliar o impacto do aumento do piso do magistério nos cofres dos Municípios e insistem em questionar a legalidade da portaria do Ministério da Educação que elevou o salário base dos professores de R$ 2.886,24 para R$ 3.845,63. A FNP onsidera que o novo valor é impraticável na maioria das cidades brasileiras.

Dos 184 municípios do Ceará, 24 decidiram seguir a portaria do Ministério da Educação e encaminhar mensagens às Câmaras de Vereadores com o reajuste salarial de 33,24%. O jornalista Beto Almeida, em seu Bate Papo Político, no Jornal Alerta Geral, nesta quinta-feira, lista as cidades do Ceará que já garantiram o reajuste do piso do magistério.

O prefeito de Fortaleza, José Sarto (PDT), foi um dos primeiros gestores de Capitais a aplicar o percentual de aumento tendo por base o reajuste dos valores do Fundeb. O Governador Camilo Santana (PT) decidiu, também, pelo reajuste do piso do magistério em 33,24%.

A Frente Nacional de Prefeitos considera que, diante da insegurança jurídica decorrente da utilização de um ato administrativo (Portaria nº 67/2022) para fixação dos critérios de reajuste do piso do magistério, ao invés de lei específica, conforme determina o art. 212-A, XII da Constituição, a entidade busca alternativas para reconhecer o trabalho dos profissionais da educação.

Segundo o presidente da FNP, Edvaldo Nogueira, prefeito de Aracaju (SE), a discussão é sobre a legalidade da portaria, não sobre se os professores tem ou não direito ao benefício. “Não estamos discutindo a justiça e a justeza da causa. Sempre tivemos compromisso com os servidores, não é isso que está em discussão aqui”, declarou Evaldo Nogueira, ao destacar, durante reunião, nessa terça-feira, que a entidade elabora um parecer jurídico sobre o assunto que deve ser apresentado na próxima semana aos dirigentes da Frente Nacional de Prefeitos.

Os cálculos da Frente Nacional de Prefeitos apontam que o reajuste de 33,24%tem um impacto gigantesco e algumas prefeituras, além do impacto na folha de pagamento, podem sofrer dificuldades na Previdência. ‘’Para cada 10% de aumento na folha dessas cidades, por exemplo, existe um aumento de 30% na previdência”, observa o presidente da FNP.

Fonte: FNP

J Cabral

http://reporterjcabral.com.br/

J Cabral Repórter correspondente das noticias do Ceará, da TV Sol Talismã de Salgueiro-PE e Rádios da Região.

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